domingo, 25 de outubro de 2009

Pela intensidade da cor e o esplendor da plumagem, a ararajuba (Guaruba guarouba- Psittacidae-Aves) é uma das mais belas aves brasileiras. Sua beleza, porém, é um dos motivos que a coloca sob ameaça . Ao lado dos desmatamentos, a caça pelo homem, que a considera um dos mais cobiçados troféus do mercado ilegal de aves, tem sido responsável pelo desaparecimento de grande quantidade de exemplares.
Espécie endêmica da região amazônica, com penas amarelo-douradas em todo o corpo, à exceção das extremidades das asas, que são verdes, a ave sofre diretamente com a ação dos traficantes.
As populações dessa espécie, assim como todas as outras do grupo, vêm sofrendo ameaças de extinção, devido a bela coloração que apresentam, por serem facilmente domesticáveis e por apresentarem disposição em imitar a voz humana, além de suas penas serem também utilizadas em ornamentos, oferecendo mais um risco a essas aves. Pelo fato de serem sensíveis às modificações ambientais (desmatamento, retirada seletiva de madeira, etc.), a espécie sofre desequilíbrio, quando ocorrem alterações na estrutura da floresta.(HOYO et all, 1996).
A Ararajuba tem o tamanho médio de 34-36 cm e pesa de 200 a 300 gramas. Não apresenta dimorfismo sexual aparente. Apesar de viver em árvores de 20 a 30 metros de altura, a ararajuba também não está livre da ação dos predadores naturais, entre os quais alguns macacos, tucanos e cobras que atacam ninhos para devorar ovos e filhotes. (CORBORN, 1991).
O perigo de extinção
Entre as metas estabelecidas pelos especialistas, está a criação imediata de uma unidade de conservação em local próximo a Belém (PA). O Centro de Endemismo, com cerca de sete mil quilômetros quadrados, abrigaria pelo menos dez espécies de aves ameaçadas de extinção na Amazônia, inclusive a ararajuba. Para os estudiosos, isso seria suficiente para se estabelecer no local uma unidade de conservação de uso restrito.
Outras duas unidades desse tipo deveriam ser criadas no sudeste do Amazonas, uma próxima à fronteira com a Rondônia e, outra, na região conhecida como Terra do Meio, também no Pará. Para os pesquisadores, a conservação dessas áreas é vital para o futuro da ararajuba.

Nenhum comentário:

Postar um comentário